Tudo sobre empreendedorismo feminino: o que é e quais são os desafios
Se até pouco tempo atrás as mulheres se viam restritas a ocupar cargos secundários em uma empresa, hoje, com o avanço do empreendedorismo feminino, essas potências passam para a linha de frente e têm a possibilidade de comandar o seu próprio negócio.
Conhecidas por sua versatilidade, resiliência, sensibilidade e capacidade de trabalhar bem em equipe, as empreendedoras carregam consigo ótimos insights de negócio e representam um novo fôlego para a economia mundial, oferecendo oportunidades de crescimento para os mais diferentes núcleos de mercado.
Neste artigo, fizemos um 360º em torno do empreendedorismo feminino, mostramos quais são os seus principais desafios e potenciais de crescimento. Quer saber mais sobre o tema? Então confira o conteúdo a seguir!
O empreendedorismo feminino, como o próprio nome sugere, é todo e qualquer movimento de negócio idealizado e comandado por mulheres.
Em um sentido mais amplo, o empreendedorismo feminino também pode ser entendido como uma iniciativa de liderança feminina.
De acordo com o Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), “ser empreendedor significa ser um realizador, que produz novas ideias através da congruência entre criatividade e imaginação”.
O empreendedorismo feminino vem para quebrar paradigmas na indústria dos negócios, enaltecendo a capacidade de liderança da mulher e reforçando que o espírito empreendedor pode estar presente em qualquer profissional que carregue determinação, coragem e inovação.
Segundo dados do SEBRAE, existem 9,3 milhões de mulheres empreendedoras no Brasil, sendo que 45% delas são chefes de família, ou seja, responsáveis pela principal renda de seus lares.
Em comparação aos homens empreendedores, as mulheres têm escolaridade 16% superior. Porém, mesmo com essas características, os seus negócios faturam 22% menos comparados às empresas desenvolvidas pelo público masculino.
Dentre os principais nichos de atuação do empreendedorismo feminino brasileiro é possível citar beleza, moda e alimentação. A maioria desses negócios está cadastrada no sistema de microempreendedores individuais (MEI), na qual as mulheres ocupam 48% das vagas.
O empreendedorismo feminino desempenha um papel importante para reduzir as diferenças que ainda existem no mercado dos negócios, especialmente no que diz respeito ao lucro e às oportunidades de crescimento na carreira das mulheres.
As pautas sociais e as perspectivas inovadoras levantadas por perfis femininos são capazes de gerar benefícios para a sociedade e para a economia global. E isso deve ser valorizado pelo mercado.
Segundo uma pesquisa levantada pela Organização Internacional do Trabalho, empresas que se preocupam com a diversidade de gênero em cargos de liderança contam com funcionários mais engajados e têm crescimento de 5 a 20% nos lucros.
Portanto, apostar na liderança feminina também é uma maneira de valorizar os demais talentos do mercado e promover uma maior proximidade com os clientes, visto que as mulheres são a maioria no país.
Ademais, vale reforçar que o empreendedorismo feminino é uma das principais ferramentas encontradas pelas mulheres para conquistar a tão sonhada independência financeira.
De acordo com um levantamento feito pelo SEBRAE, as brasileiras empreendem, principalmente, devido à necessidade de ter outra fonte de renda ou para adquirir independência financeira.
Com um negócio próprio, as mulheres conseguem ampliar o faturamento mensal e sustentar a família sem a necessidade de uma ajuda externa.
Em dezembro de 2022 saiu uma matéria na revista digital Pequenas Empresas & Grandes Negócios sobre a história de Arlete Antunes, uma empresária brasileira que, em um ano, faturou cerca de R$ 2,8 milhões importando cosméticos para 350 salões de beleza do Catar.
Depois de alguns anos atuando como cabeleireira no Brasil, em 2009, a empresária recebeu um convite para morar no Catar e trabalhar como recepcionista do spa da famosa rede de hotelaria W Hotels & Resorts.
Em paralelo a essa função, Arlete seguiu fazendo seus atendimentos de beleza até conhecer Roberta Gomes, uma empresária brasileira, fundadora da importadora RG Cosmetics, que a apresentou para o segmento de distribuição de cosméticos.
A convite da empresária, Arlete juntou-se à importadora como representante comercial da marca, podendo se aprofundar nesse ramo do mercado, que, até então, era desconhecido em sua trajetória.
Com a experiência na cadeia de importações, Arlete decidiu ser dona do próprio negócio: a distribuidora Wonderland. “Fiquei um ano montando o plano de negócios, achei um sócio-investidor que colocou 300 mil riais (por volta de R$ 430 mil, na cotação atual) e fizemos 1,5 milhão (R$ 2,15 milhões) de riais em faturamento logo no início do negócio, em 2018”, conta a empresária em entrevista à revista digital.
De acordo com Arlete, a Wonderland começou importando cerca de 120 kg de produtos brasileiros por mês e, até poucos meses atrás, chegou a importar 5 toneladas dentro desse mesmo período, faturando R$2,8 milhões no último ano.
Recentemente, Arlete Antunes vendeu a sua parte na empresa Wonderland para abrir uma nova importadora: a BR Beauty, que, além de oferecer produtos para 350 salões de beleza do Catar, também disponibiliza treinamentos e consultorias especializadas.
O machismo e o preconceito são os principais desafios enfrentados na rotina de uma mulher empreendedora.
Como citamos anteriormente neste artigo, mesmo tendo uma maior taxa de escolaridade, as mulheres inseridas no empreendedorismo ganham cerca de 22% menos do que os homens, refletindo em um faturamento mais baixo para o setor.
E essa questão financeira não está ligada somente ao lucro mensal, como também às taxas de juros, que são mais altas que as dos homens. Mesmo apresentando uma média de inadimplência menor (3,7% contra 4,2%), as empreendedoras ainda assim tem uma taxa de 34,6% contra 31,1%.
Outro obstáculo apontado pelo SEBRAE está relacionado à taxa de conversão de empreendedoras para “donas de negócio”, que é 40% mais baixa comparada à dos homens. De acordo com a pesquisa, devido ao preconceito e à falta de oportunidades na indústria, as mulheres têm mais índices de desistência em relação aos homens.
Além do preconceito, mais um motivo que leva à desistência do projeto é a dificuldade na conciliação da vida pessoal com o negócio. A chamada jornada dupla, caracterizada pela junção das atividades domésticas com as demandas trabalhistas, ainda leva muitas mulheres a deixar o trabalho ou entregar a empresa para outra pessoa administrar.
Isso tudo sem contar os diversos desafios enfrentados diariamente pelas mulheres no meio corporativo, onde, infelizmente, ainda existe muito assédio, desigualdades, ofensas e argumentos ultrapassados.
Apesar da indústria de negócios ainda ter muito o que evoluir, o que não faltam são instituições dedicadas a apoiar o empreendedorismo feminino!
A Stoa Indústria tem um compromisso ético e profissional com todas as mulheres que desejam abrir o seu próprio negócio.
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